Rede de apoio na maternidade: lições de enfermeiras que também são mães

Publicado por Laura Liz Andrade em 30/05/2025. • Tempo de leitura: ~6 minutos.

Ser mãe é uma das experiências mais transformadoras da vida. E quando essa jornada começa no ambiente hospitalar, cercada por outras mulheres que compartilham da mesma expectativa, o apoio se torna ainda mais poderoso.

Ser mãe é uma das experiências mais transformadoras da vida. E quando essa jornada começa no ambiente hospitalar, cercada por outras mulheres que compartilham da mesma expectativa, o apoio se torna ainda mais poderoso.

Foi exatamente isso que aconteceu com um grupo de enfermeiras obstétricas do HSHS St. Vincent Hospital, nos Estados Unidos.

Além de acompanharem gestantes nos partos, essas profissionais também estavam grávidas — todas com datas de parto próximas. Essa história revela algo essencial para qualquer mulher que está prestes a se tornar mãe: a importância de construir uma rede de apoio sólida e afetiva, especialmente durante a gravidez e os primeiros meses do bebê.

Quando o cuidado vai além do profissional

No Women and Infants Center, setor especializado em saúde da mulher e do bebê, várias enfermeiras engravidaram em um curto intervalo de tempo. Entre turnos da noite, plantões de emergência e partos emocionantes, essas profissionais vivenciaram sua própria maternidade enquanto cuidavam da de outras mulheres. Essa coincidência deu origem a uma vila instantânea de apoio, um ambiente onde compartilhar anseios e alegrias tornou-se algo natural, diário e transformador.

Essa experiência de conexão mútua lembra muito o que ocorre em cidades do interior do Brasil, onde gestantes compartilham vivências com vizinhas, amigas e familiares próximas. A diferença é que, neste caso, a vila foi construída dentro de um hospital, entre colegas de trabalho unidas pela maternidade.

Viver a maternidade no mesmo lugar onde se trabalha

As enfermeiras que atuam no parto e nascimento carregam uma responsabilidade imensa. Elas amparam mães em momentos de grande vulnerabilidade, acolhem famílias e lidam com emoções intensas todos os dias. Quando vivem esse processo pessoalmente, passam a enxergar ainda mais profundamente os sentimentos das pacientes.

Dar à luz no mesmo local onde ajudam outras mulheres a fazer o mesmo cria um elo especial. Para muitas dessas enfermeiras, o hospital não era apenas um ambiente profissional, mas também o lugar onde seus filhos chegaram ao mundo. A conexão emocional com a maternidade se torna ainda mais intensa e significativa.

Por que toda mãe precisa de uma vila

A expressão “é preciso uma vila para criar uma criança” nunca foi tão verdadeira. A chegada de um bebê muda tudo: sono, rotina, identidade, relacionamentos. Ter com quem contar — seja para conversar, pedir conselhos ou simplesmente ser ouvida — pode fazer toda a diferença para a saúde emocional da mãe.

Infelizmente, muitas mulheres enfrentam essa fase sozinhas, sem rede de apoio ou parceria. Por isso, construir uma vila antes da chegada do bebê é uma atitude sábia e, muitas vezes, essencial para atravessar os primeiros meses com mais leveza e confiança.

5 formas de construir sua vila antes do nascimento

  • Participe de grupos de gestantes: Muitas maternidades e centros de saúde oferecem encontros semanais com outras mulheres grávidas. É um ótimo espaço para trocar experiências.
  • Converse com a família: Identifique quem pode te apoiar nos primeiros meses — mãe, sogra, irmãs, tias. Deixe claro como cada uma pode ajudar.
  • Fortaleça amizades: Compartilhe seus medos e expectativas com amigas de confiança. Às vezes, um simples “eu também passei por isso” conforta mais que qualquer conselho.
  • Busque apoio online: Comunidades digitais são uma forma prática de se conectar com outras mães, inclusive em horários difíceis da madrugada.
  • Prepare seu parceiro: A presença ativa do pai é fundamental. Conversar sobre o papel dele nos cuidados e no apoio emocional é um passo importante.

A maternidade compartilhada fortalece laços

A história das enfermeiras do hospital nos Estados Unidos é inspiradora, mas também possível de ser vivida em muitos contextos brasileiros. Seja com vizinhas, amigas do trabalho ou familiares, compartilhar a jornada da maternidade humaniza o processo e torna tudo mais leve. Isso vale especialmente para mães de primeira viagem, que lidam com tantas mudanças ao mesmo tempo.

Mais do que nunca, é essencial reconhecer que não precisamos dar conta de tudo sozinhas. A maternidade não deve ser uma experiência solitária. Ter alguém para ouvir, acolher e dividir responsabilidades faz toda a diferença no bem-estar físico e emocional da mãe — e, consequentemente, do bebê.

Considerações finais

As enfermeiras obstétricas do HSHS St. Vincent Hospital mostraram que é possível conciliar o cuidado com os outros e consigo mesma durante a maternidade. A experiência delas reforça o valor de uma rede de apoio real, tangível e afetuosa. Toda mãe merece ter com quem contar. E essa vila pode começar com um simples gesto: dizer "eu também estou passando por isso".

Para as mães e gestantes brasileiras, essa mensagem é um lembrete poderoso: você não está sozinha. Seja em casa, no trabalho ou na comunidade, há sempre alguém pronto para estender a mão. Construir essa vila, com intenção e carinho, é um dos maiores presentes que você pode oferecer a si mesma e ao seu bebê.

Sugestão de título com técnica SEO

Título: Como construir sua rede de apoio na maternidade: lições de enfermeiras que também são mães

Slug: rede-de-apoio-na-maternidade-enfermeiras-maes

Gostou deste artigo?

Compartilhe com outros pais que possam se beneficiar desta informação! E não deixe de explorar nossos outros artigos sobre Notícias.