Principais problemas ortopédicos na infância e cuidados essenciais

Publicado por Laura Liz Andrade em 22/10/2025. • Tempo de leitura: ~3 minutos.

Conheça os principais problemas ortopédicos na infância, sinais de alerta para os pais e a importância do diagnóstico precoce para o desenvolvimento saudável das crianças.

Durante a infância, o desenvolvimento motor é uma fase intensa e cheia de transformações para as crianças. Nesse processo, alguns problemas ortopédicos são comuns e merecem atenção especial dos pais e cuidadores. Condições como pé chato, dores do crescimento e marcha na ponta dos pés figuram entre as que mais afetam os pequenos, podendo interferir no conforto e na qualidade de vida deles. Por isso, compreender essas questões é fundamental para garantir um acompanhamento adequado e o desenvolvimento saudável.

O sistema musculoesquelético das crianças está em constante mudança, o que pode gerar posturas e desalinhamentos temporários. No entanto, é importante diferenciar o que é uma fase normal do crescimento e o que pode indicar algum problema que exija intervenção médica. O ortopedista Adílio Bernardes, especialista em joelho e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), alerta para a necessidade de investigação quando as dores persistem ou vêm acompanhadas de outros sintomas.

Principais problemas ortopédicos em crianças

Conhecer as condições ortopédicas mais frequentes ajuda os pais a identificar sinais que indicam a necessidade de avaliação médica. A seguir, apresentamos as sete condições mais comuns:

  • Sinovite transitória: afeta geralmente crianças entre 3 e 8 anos e é a principal causa de dor súbita no quadril.
  • Pé chato: considerado normal até os 5 ou 6 anos de idade, tende a melhorar naturalmente conforme a criança cresce.
  • Marcha na ponta dos pés: pode ser uma fase temporária até os 3 anos, mas se persistir, requer avaliação especializada.
  • Joelhos arqueados (varo) ou juntos (valgo): são variações esperadas até certa idade, mas que devem ser investigadas se forem muito acentuadas ou não desaparecerem.
  • Displasia de quadril: condição que deve ser identificada nos primeiros meses de vida para evitar complicações futuras.
  • Epifisiólise da cabeça do fêmur: mais comum em adolescentes, especialmente meninos entre 12 e 13 anos, é uma condição que exige tratamento imediato.
  • Dores do crescimento: afetam crianças entre 3 e 12 anos, são benignas, porém não devem limitar as atividades diárias da criança.

Sinais de alerta para os pais

É fundamental que os pais estejam atentos a determinados sinais que indicam a necessidade de avaliação médica especializada. Alguns deles são:

  • Dor persistente, especialmente à noite ou após atividades leves;
  • Dificuldade ou recusa em andar ou apoiar o pé;
  • Limitação para correr, sentar em "borboleta" ou abrir o quadril;
  • Assimetria corporal, posturas incomuns ou atraso no desenvolvimento motor.

Observar esses sintomas e buscar acompanhamento médico adequado ajuda a garantir o tratamento precoce e eficaz, evitando sequelas e promovendo o desenvolvimento saudável da criança. Consultas regulares com o pediatra são essenciais para monitorar o crescimento e encaminhar para o ortopedista quando necessário.

Considerações finais

Os problemas ortopédicos durante a infância são comuns, mas não devem ser negligenciados. O acompanhamento atento dos pais, aliado a avaliações médicas regulares, é crucial para identificar e tratar condições que possam comprometer o desenvolvimento dos pequenos. O diagnóstico precoce possibilita intervenções menos invasivas e resultados melhores, garantindo que as crianças cresçam com saúde e qualidade de vida. Por isso, estar informado e vigilante é o melhor caminho para cuidar do bem-estar dos filhos desde os primeiros anos.

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