Pressentimentos e o valor da cartinha de Miguel
Publicado por Luana Oliveira em 08/09/2025. • Tempo de leitura: ~4 minutos.
A microempreendedora Greisse Eidelwein compartilhou a cartinha que recebeu do filho Miguel, alertando sobre uma sensação ruim antes da viagem para Gramado. Apesar dos contratempos enfrentados, a história destaca a importância dos pressentimentos e do respeito à alfabetização das crianças.
Você acredita em pressentimentos? Essa é uma pergunta que muitos se fazem, especialmente quando situações inesperadas parecem confirmar esses sentimentos. A microempreendedora Greisse Eidelwein, de São Jerônimo (RS), viveu uma experiência marcante que chamou a atenção de milhares de pessoas nas redes sociais. Ela compartilhou em seu perfil no Instagram um vídeo com uma cartinha que recebeu do filho Miguel, que na época tinha 7 anos e hoje tem 8. Nessa carta, Miguel escreveu: "Mãe, não vá para Gramado. Estou sentindo uma sensação ruim". O menino entregou a cartinha um dia antes da viagem da mãe, deixando uma dúvida no ar: você iria mesmo assim?
O que aconteceu com a viagem
Greisse havia planejado a viagem a Gramado com seu marido há mais de um mês. Mesmo com a cartinha e o aviso do filho, decidiram manter os planos. A mãe acreditava que a carta tinha sido escrita porque Miguel queria ir junto, algo que já havia acontecido em viagens anteriores, mas que desta vez não seria possível. Em entrevista à revista CRESCER, ela explicou que normalmente viajam com os filhos, Miguel e a irmã Manu, que tem 2 anos. "Ele e a irmã sempre vão conosco, mesmo em viagens de trabalho. Desta vez, eu e meu marido queríamos um fim de semana só para nós, como casal, porque fazia tempo que não conseguíamos", contou.
Um dia, Miguel ouviu os pais conversando sobre a viagem com a tia e perguntou se iria junto. Quando a mãe disse que não, ele correu para o quarto e depois a chamou em um cantinho, entregando a carta. Greisse não se assustou, pois percebeu que o filho estava fazendo aquilo para evitar que os pais fossem sem ele.
Os imprevistos na viagem
O casal realizou a viagem no fim de semana, enquanto as crianças ficaram com os avós. Eles combinaram que na próxima vez as crianças iriam junto. No entanto, de certa forma, a cartinha não estava totalmente errada. O casal enfrentou vários contratempos com a hospedagem em Gramado. Na visita anterior, a família havia ficado em um chalé que adoraram, mas desta vez escolheram uma pousada que trouxe diversos problemas.
Segundo Greisse, a pousada "só nos trouxe dor de cabeça. Estávamos no meio do nada, ficamos sem luz, o pneu do carro furou, parecia filme de terror, de tão assustador". Eles chegaram a arrumar as malas e ir para o centro procurar outra hospedagem. Apesar dos problemas, o passeio foi considerado bom, e os pais voltaram para reencontrar os filhos e planejar a próxima viagem.
O valor da cartinha e a alfabetização
O que chamou a atenção de Greisse na cartinha foi o esforço do filho em escrevê-la. Miguel teve muita dificuldade para alfabetizar no ano anterior e, quando escreveu a carta, estava no início do ano em que realmente aprendeu a ler e escrever. Como acontece com muitas crianças no início do processo de alfabetização, o texto contém alguns erros e trocas de letras.
Greisse ficou surpresa e entristecida com as piadas e críticas nas redes sociais sobre os erros do filho. Normalmente, ela não se incomoda com comentários negativos em seus vídeos, mas por se tratar do filho, algumas vezes respondeu a esses haters. Ela chegou a pensar em deletar o vídeo para protegê-lo, mas decidiu mantê-lo ao perceber que recebeu muitas mensagens de apoio e carinho.
Essa história mostra a importância de respeitar o processo de aprendizagem das crianças e valorizar seus esforços, além de refletir sobre a sensibilidade dos pressentimentos que, muitas vezes, podem nos alertar sobre situações futuras.
Considerações finais
A emocionante história da cartinha de Miguel nos convida a refletir sobre o valor dos pressentimentos e a importância do olhar atento e carinhoso dos pais em relação aos filhos. Além disso, destaca a necessidade de respeitar o processo de alfabetização das crianças, evitando críticas que possam desmotivar seu aprendizado. A experiência vivida por Greisse e sua família é um exemplo de como situações cotidianas podem trazer ensinamentos profundos sobre cuidado, confiança e amor familiar, reforçando a tese de que, muitas vezes, a intuição e o esforço das crianças merecem ser valorizados e compreendidos.
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