Maternidade após os 35: a realidade da gravidez não planejada na maturidade

Publicado por Laura Liz Andrade em 31/05/2025. • Tempo de leitura: ~4 minutos.

Quando Megan Fox anunciou sua quarta gravidez aos 38 anos, fez questão de destacar: "não planejado, mas uma surpresa feliz".

Quando Megan Fox anunciou sua quarta gravidez aos 38 anos, fez questão de destacar: "não planejado, mas uma surpresa feliz".

Essa declaração simples revela uma verdade poderosa sobre a maternidade tardia que poucos discutem abertamente. No Brasil, onde a idade média para a primeira gravidez vem aumentando, essa realidade está cada vez mais presente.

Enquanto os desafios da fertilidade após os 35 anos são amplamente discutidos, pouco se fala sobre as muitas mulheres que enfrentam gravidezes não planejadas nessa fase da vida. Uma situação que pode ser ao mesmo tempo desafiadora e abençoada, como no caso de muitas mães brasileiras.

A realidade da gravidez não planejada após os 35

Dados do Instituto Guttmacher revelam que quase metade de todas as gestações nos EUA são não planejadas. No Brasil, a situação não é muito diferente. O Ministério da Saúde estima que cerca de 55% das gestações no país não foram planejadas, sendo que uma parcela significativa ocorre em mulheres entre 35 e 44 anos.

Alguns fatores contribuem para esse cenário:

  • Ideia equivocada de que após os 35 a fertilidade é muito baixa
  • Mudanças nos métodos contraceptivos nessa fase da vida
  • Estabilidade financeira que pode levar a relaxar na prevenção

Muitas mulheres brasileiras, assim como Megan Fox, descobrem-se grávidas quando já consideravam essa fase da vida encerrada. A reação varia entre alegria, surpresa e preocupação, muitas vezes todas ao mesmo tempo.

Os desafios e vantagens da maternidade tardia

Engravidar após os 35 anos, especialmente quando não planejado, traz uma série de considerações especiais. Do ponto de vista médico, os cuidados precisam ser redobrados, com acompanhamento pré-natal mais rigoroso.

Por outro lado, muitas mães relatam vantagens nessa experiência:

  • Maior maturidade emocional para lidar com os desafios
  • Estabilidade financeira e profissional
  • Experiência prévia com outros filhos (quando não é o primeiro)

No Brasil, celebridades como Deborah Secco, que teve sua primeira filha aos 39 anos, e Cláudia Raia, mãe aos 43, ajudam a quebrar estigmas sobre a maternidade tardia.

Reescrevendo a narrativa sobre idade e maternidade

A história de Megan Fox e de muitas brasileiras comuns desafia os cronogramas sociais impostos às mulheres. Não existe idade "certa" ou "errada" para ser mãe - existe apenas o momento que acontece, planejado ou não.

Essas experiências mostram que:

  • A maternidade pode ser abraçada em diferentes fases da vida
  • Não há um único caminho "correto" para formar uma família
  • O valor de uma mulher não diminui com a idade

No Brasil, onde a taxa de fecundidade vem caindo mas a idade média para ter o primeiro filho aumenta, essa discussão é especialmente relevante.

Considerações finais: acolhendo todas as formas de maternidade

A história de Megan Fox e de tantas outras mulheres que enfrentam gravidezes não planejadas após os 35 anos nos lembra que a maternidade não segue roteiros pré-determinados. Cada jornada é única e válida, seja aos 20, 30 ou 40 anos.

Para as mulheres brasileiras que se encontram nessa situação, o importante é saber que não estão sozinhas. Com os devidos cuidados médicos e apoio emocional, a maternidade tardia pode ser tão gratificante quanto em qualquer outra fase da vida.

O que realmente importa não é quando você se torna mãe, mas o amor e dedicação que pode oferecer ao seu filho, independentemente da idade.

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