Mães podem e devem sentar no parquinho
Publicado por Bianca Andrade em 16/06/2025. • Tempo de leitura: ~4 minutos.
Mães não precisam estar sempre correndo no parquinho para serem presentes. Descanso e observação são formas válidas de cuidado, promovendo liberdade para as crianças e equilíbrio para as mães.
Quando se fala em parquinho, muitas pessoas imaginam pais e mães correndo atrás dos filhos, participando ativamente das brincadeiras e garantindo a diversão constante. No entanto, uma questão importante vem ganhando destaque: será que os pais precisam estar sempre em movimento para estarem presentes? Amanda Castillo, terapeuta licenciada e mãe de três filhos, trouxe uma resposta clara e direta ao dizer "NÃO" à ideia de que "pais no parque devem sair do banco e brincar com seus filhos". Essa simples palavra acendeu uma conversa essencial sobre o papel dos pais no parquinho e o direito ao descanso.
O peso de um simples "não"
A resposta de Amanda representou um alívio coletivo para muitas mães, especialmente aquelas que cuidam de crianças pequenas, múltiplos filhos ou que simplesmente tentam se manter firmes diante das demandas diárias. Esse "não" não significa desinteresse ou falta de conexão, mas sim um reconhecimento da sobrecarga que muitas mães enfrentam ao serem cobradas para entreter as crianças o tempo todo, mesmo quando estão exaustas.
O parquinho é para as crianças
Amanda explica que, embora seu filho mais novo tenha 2 anos e meio e às vezes precise de ajuda, o parquinho não deve ser um palco para as mães atuarem ou desempenharem um papel constante. Pelo contrário, esse espaço é fundamental para que as crianças experimentem liberdade, explorem o ambiente, interajam e construam relações com outras crianças, todas ações que contribuem para seu desenvolvimento sem a pressão dos pais.
O descanso não é uma falha moral
Muitas mães chegam ao parquinho já exaustas, após cumprir inúmeras tarefas e responder a várias demandas durante o dia. Sentar-se no banco do parque, com um café na mão, não é sinal de desinteresse, mas uma maneira saudável de estar presente com limites. Estudos reforçam que a independência e o brincar livre são essenciais para o desenvolvimento infantil, e saber quando não intervir é parte fundamental desse processo.
Não é necessário brincar para estar presente
Amanda destaca que não existe uma única forma correta de ser uma boa mãe no parquinho. Enquanto alguns pais gostam de correr, escalar e participar ativamente, outros preferem uma conexão mais tranquila e observadora. A mensagem principal é combater a culpa que muitas mães sentem por não serem figuras sempre ativas, mostrando que é perfeitamente aceitável preferir descansar a escalar equipamentos de playground.
Deixe as crianças brincarem, deixe as mães descansarem
O vídeo de Amanda viralizou não por ser polêmico, mas por sua honestidade e empatia. Ele serve como um lembrete gentil de que mães são humanas, não animadoras de festa incansáveis. Sentar, observar, responder mensagens ou simplesmente tomar um café são formas válidas de cuidado e presença. Estar presente não significa necessariamente participação ativa constante, e mães boas também merecem e podem se permitir descansar.
Considerações finais
Entender que as mães podem e devem se permitir sentar no parquinho é essencial para uma maternidade mais saudável e equilibrada. O descanso não tira o amor ou a dedicação, pelo contrário, fortalece a presença consciente e respeitosa entre mãe e filho. O parquinho deve ser um espaço de liberdade para as crianças e de acolhimento para as mães. Ao derrubar a cobrança de estar sempre ativa, promovemos um ambiente mais feliz e saudável para toda a família.
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