Como a idade da mãe pode influenciar o sexo do bebê
Publicado por Laura Liz Andrade em 24/07/2025. • Tempo de leitura: ~4 minutos.
Estudo recente aponta que a idade da mãe pode influenciar o sexo dos filhos, com famílias tendo maior probabilidade de filhos do mesmo sexo ao engravidar mais tarde. Entenda os fatores biológicos e as implicações dessa descoberta.
Quando o assunto é prever se o próximo bebê será menino ou menina, existem muitas crenças populares que tentam desvendar esse mistério. Desde a forma como a barriga é carregada, passando pelo enjoo matinal até os desejos alimentares, são inúmeros os sinais que as pessoas usam para tentar adivinhar o sexo do bebê. Porém, apesar dessas crenças, a ciência tradicionalmente aponta que a chance é sempre de 50/50 para ambos os sexos. Contudo, um estudo recente traz informações que podem mudar essa visão.
O estudo que analisou o sexo dos filhos em famílias brasileiras
Um novo estudo publicado na revista Science Advances analisou dados de mais de 58 mil famílias, todas com pelo menos dois filhos, para investigar se o sexo da criança é realmente um evento aleatório. Para garantir a precisão dos resultados, os pesquisadores excluíram o filho mais recente de cada família, levando em consideração o chamado "comportamento de parada baseado no sexo", que é a hipótese de que os pais podem decidir parar de ter filhos quando alcançam filhos de determinado sexo.
Resultados que desafiam a aleatoriedade do sexo dos filhos
Após a análise, os resultados mostraram que famílias com três meninos tinham 61% de chance de ter um quarto menino. De forma semelhante, famílias com três meninas tinham 58% de chance de ter uma quarta menina. Outro dado importante foi que mães que tiveram filhos em idades mais avançadas apresentaram maior probabilidade de ter todos os filhos do mesmo sexo.
Possíveis explicações biológicas para o fenômeno
A causa dessa relação entre a idade materna avançada e a predominância de filhos do mesmo sexo ainda não é totalmente compreendida. No entanto, os pesquisadores sugerem que mudanças biológicas relacionadas à idade podem influenciar essa característica. Entre essas mudanças, destacam-se uma fase folicular mais curta e um pH vaginal mais baixo, que podem afetar o tipo de espermatozoide que fertiliza o óvulo.
Espermatozoides carregando o cromossomo Y, responsáveis pelo nascimento de meninos, podem ter vantagem em uma fase folicular mais curta, enquanto um ambiente vaginal mais ácido pode favorecer os espermatozoides com o cromossomo X, que levam ao nascimento de meninas.
A importância de mais pesquisas e considerações finais
Apesar dos resultados serem estatisticamente significativos, os especialistas ressaltam que muitos outros fatores genéticos e ambientais podem interferir no sexo dos filhos. Além disso, o efeito encontrado pode não ser suficiente para permitir previsões precisas para casos individuais.
Para famílias que desejam uma combinação de meninos e meninas, iniciar as tentativas de gravidez em uma idade mais jovem pode aumentar um pouco as chances, embora isso não exclua a possibilidade para aquelas que começam mais tarde. O importante é lembrar que cada família tem sua história única e que, independentemente do sexo, a chegada de cada criança é um verdadeiro milagre a ser celebrado.
Considerações finais
Este estudo traz uma perspectiva inovadora sobre como fatores biológicos relacionados à idade da mãe podem influenciar o sexo dos filhos, desafiando a ideia tradicional de que o sexo do bebê é completamente aleatório. Apesar de ainda ser necessária uma maior investigação para entender todos os fatores envolvidos, os dados indicam que o momento da gravidez pode ter um papel sutil, porém relevante, na determinação do sexo da criança.
Portanto, para as futuras mães brasileiras que buscam entender melhor as nuances da gravidez e do nascimento, este estudo oferece um olhar científico que alia biologia e estatística, reforçando que, acima de tudo, a saúde e o amor são os verdadeiros protagonistas nessa jornada.
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