Caso surpreendente de desaparecimento em sistema após 16 anos

Publicado por Luana Oliveira em 28/08/2025. • Tempo de leitura: ~4 minutos.

Personal trainer descobre que está registrada como desaparecida há 16 anos em MG, impedindo emissão de documentos do filho. Caso viralizou nas redes e alerta para cuidados com registros oficiais.

Quando a personal trainer Rafaela Caldeira dos Reis, de 33 anos, levou seu filho Pedro, então com 15 anos, para tirar uma nova carteira de identidade, foi surpreendida ao descobrir que constava no sistema como desaparecida há 16 anos. Essa situação inusitada impossibilitou que ela assinasse como responsável pelo filho, gerando um grande impacto para a mãe que jamais imaginou passar por essa experiência.

Descoberta inesperada durante emissão de documentos

O episódio ocorreu em janeiro deste ano, na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) em Belo Horizonte, Minas Gerais. Rafaela havia agendado o atendimento online e, ao chegar, entregou toda a documentação necessária para emissão da carteira de identidade do filho. No entanto, a atendente, após consultar o sistema, informou que não poderia liberar a assinatura da mãe como responsável devido a um boletim de ocorrência registrado em 2009, que indicava Rafaela como desaparecida.

Sem entender a situação, Rafaela questionou a funcionária, que não soube explicar o motivo do registro, mas ressaltou que o sistema não permitia seguir com o processo. A personal trainer ficou incrédula, pois nunca recebeu qualquer tipo de notificação ou contato da polícia ao longo desses 16 anos.

Busca por esclarecimentos e cancelamento do registro

Orientada a resolver a questão, Rafaela procurou diversas delegacias no mesmo dia, mas não obteve sucesso. Quinze dias depois, conseguiu ir até a delegacia de desaparecidos, onde finalmente conseguiu cancelar o registro que a apontava como desaparecida. O policial responsável parecia familiarizado com casos semelhantes e confirmou que o boletim foi feito pelo pai do seu filho, que, segundo Rafaela, não se lembra do motivo que o levou a registrar o desaparecimento.

Durante todo esse tempo, Rafaela viveu sua vida normalmente: trabalhou, viajou, tirou habilitação e cursou faculdade, sem nunca ser procurada pela polícia ou ser informada sobre esse erro no sistema.

Repercussão nas redes sociais e curiosidade pública

Ao compartilhar sua história no Instagram, Rafaela teve seu relato viralizado, alcançando quase 1 milhão de visualizações. Comentários de pessoas com experiências semelhantes surgiram, mostrando que situações desse tipo podem ser mais comuns do que se imagina, causando transtornos e constrangimentos para quem é indevidamente considerado desaparecido.

O que diz a polícia sobre registros de desaparecimentos

A Polícia Civil de Minas Gerais esclarece que o registro de desaparecimento não pode ser feito unilateralmente pela instituição, dependendendo da família ou da própria pessoa para encerrar a investigação. Caso não haja essa comunicação, o registro permanece ativo no sistema, o que pode causar impedimentos burocráticos, como no caso de Rafaela.

Em 2025, mais de 4 mil pessoas foram localizadas em Minas Gerais, representando um aumento de 26,4% em relação ao ano anterior. A polícia reforça seu compromisso em investigar e encerrar rapidamente os casos de desaparecimento, com equipes especializadas tanto na capital quanto no interior do estado.

Considerações finais

O caso de Rafaela Caldeira dos Reis evidencia a importância da atualização e conferência dos dados em sistemas oficiais, além de reforçar a necessidade de comunicação eficiente entre órgãos públicos e cidadãos para evitar transtornos graves. Para mães e gestantes brasileiras, que buscam garantir o melhor para seus filhos, compreender como funcionam esses processos é fundamental para evitar surpresas desagradáveis e garantir seus direitos e responsabilidades sem obstáculos burocráticos indevidos.

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