Calor na gravidez: 15 dicas para mães brasileiras em 2025

Publicado por Luana Oliveira em 30/05/2025. • Tempo de leitura: ~5 minutos.

O aumento do calor está afetando as gestações e é importante saber como se proteger a si e ao bebê. Este artigo aborda as consequências do calor extremo na gravidez e oferece orientações simples para garantir a segurança e o conforto durante a gestação.

O verão brasileiro está ficando cada vez mais intenso, e para as gestantes, esse aumento de temperatura representa riscos reais. Um estudo recente da Climate Central revela que o calor extremo pode aumentar em até 22,4% o risco de complicações na gravidez, incluindo parto prematuro e baixo peso ao nascer.

Mas calma, mamãe! Com as informações e cuidados certos, você pode passar por essa fase com segurança e conforto.

No Brasil, onde cidades como São Luís (MA) registraram 49 dias por ano com temperaturas perigosas para gestantes, entender esses riscos e como se proteger se torna essencial. Vamos explorar o que a ciência diz e quais medidas práticas você pode adotar para garantir seu bem-estar e do seu bebê.

Por que o calor extremo preocupa tanto as gestantes?

A gravidez altera profundamente o funcionamento do corpo feminino, tornando as mulheres mais vulneráveis aos efeitos do calor:

  • O volume sanguíneo aumenta em até 50%, sobrecarregando o sistema cardiovascular
  • A temperatura corporal basal já é naturalmente mais elevada
  • O peso extra e as mudanças hormonais dificultam a regulação térmica

Segundo a OMS, cada 1°C acima de 23,9°C aumenta em 22,4% o risco de mortalidade infantil. No Nordeste brasileiro, onde as temperaturas frequentemente ultrapassam 30°C, esse dado é especialmente alarmante.

Riscos comprovados do calor na gestação

Pesquisas globais identificaram várias complicações associadas à exposição ao calor extremo:

  • Parto prematuro: O risco aumenta em até 16% durante ondas de calor
  • Baixo peso ao nascer: Bebês podem nascer com até 20g a menos por dia de exposição a altas temperaturas
  • Hipertensão gestacional: O calor pode elevar a pressão arterial em até 15%
  • Defeitos congênitos: Especialmente quando a exposição ocorre no primeiro trimestre

Um dado preocupante: no Brasil, o calor extremo já adicionou em média 27 dias por ano de risco para gestantes devido às mudanças climáticas.

5 estratégias comprovadas para se proteger

1. Hidratação inteligente

A desidratação é um risco silencioso para gestantes. Além de água, inclua:

  • Água de coco natural (rica em eletrólitos)
  • Sucos naturais sem açúcar
  • Frutas com alto teor de água como melancia e melão

Evite café e refrigerantes, que podem piorar a desidratação.

2. Adapte sua rotina

  • Programe atividades externas para antes das 10h ou após as 16h
  • Use o aplicativo "Climaterna" (desenvolvido pela Unicamp) para monitorar riscos
  • Peça ajuda para tarefas que exijam esforço físico

3. Vestuário estratégico

Opte por:

  • Tecidos naturais como algodão e linho
  • Cores claras que refletem o calor
  • Chapéus de aba larga e óculos escuros
  • Roupas largas que permitam circulação de ar

4. Resfriamento eficiente

Se não tiver ar-condicionado:

  • Use ventiladores com bowl de gelo na frente
  • Faça compressas frias nos pulsos e pescoço
  • Mantenha cortinas fechadas durante o dia
  • Considere visitar shopping centers ou bibliotecas públicas nos horários mais quentes

5. Alimentação refrescante

Inclua em sua dieta:

  • Saladas cruas e frias
  • Iogurtes naturais
  • Picolés de frutas caseiros
  • Refeições menores e mais frequentes

Quando o calor vira emergência?

Fique atenta a estes sinais de alerta:

  • Tontura persistente
  • Náuseas ou vômitos
  • Contrações antes da hora
  • Inchaço excessivo
  • Dor de cabeça forte

Se apresentar qualquer um desses sintomas, procure imediatamente seu médico ou a unidade de saúde mais próxima.

Proteção coletiva: um desafio para o Brasil

Enquanto medidas individuais ajudam, o problema exige soluções estruturais:

  • Ampliação do acesso a ar-condicionado em unidades básicas de saúde
  • Políticas de trabalho adaptadas para gestantes em períodos de calor extremo
  • Monitoramento climático específico para saúde materna

Projetos como o REACH, envolvendo Fiocruz e outras instituições, estão estudando como fortalecer o sistema de saúde brasileiro contra esses desafios.

Considerações finais

O calor extremo é uma realidade crescente no Brasil, mas com informação e cuidados adequados, as gestantes podem minimizar seus riscos. Lembre-se:

  • Seu conforto térmico é prioridade, não luxo
  • Pequenas adaptações na rotina fazem grande diferença
  • Não hesite em buscar ajuda médica se sentir qualquer mal-estar

A saúde das mães brasileiras é o primeiro passo para garantir o bem-estar das próximas gerações. Cuide-se com carinho e atenção, porque você merece!

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