Bronquiolite em bebês: sintomas, riscos e prevenção no Brasil

Chiado no peito, tosse, desconforto e dificuldade para respirar são sintomas comuns da bronquiolite, uma doença que atinge principalmente bebês e crianças pequenas.

No Brasil, essa condição é uma das principais causas de internação em crianças com até 2 anos de idade. Segundo dados da Fiocruz de 2023, mais de 400 bebês com menos de 1 ano eram internados diariamente devido à bronquiolite, destacando a importância do conhecimento e prevenção dessa enfermidade.

O que é bronquiolite e como acontece

A bronquiolite é uma infecção que acomete os bronquíolos, que são pequenas ramificações dos pulmões responsáveis por distribuir o ar inalado para os alvéolos. A inflamação desses bronquíolos dificulta a passagem do ar e gera os sintomas característicos da doença.

A principal causa da bronquiolite é a infecção por vírus respiratórios, especialmente o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que é altamente contagioso. Outros vírus como o influenza, rinovírus e adenovírus também podem desencadear a doença.

Quem tem maior risco e possíveis complicações

Crianças com até 2 anos de idade são as mais afetadas, mas alguns grupos apresentam maior risco de desenvolver formas graves da bronquiolite. Bebês prematuros, aqueles com baixo peso ao nascer e crianças que possuem doenças cardíacas ou pulmonares crônicas, além de imunodeficiências, estão mais suscetíveis a complicações.

Nesses casos, a bronquiolite pode demandar internação hospitalar, podendo ser necessária a permanência em unidades de terapia intensiva, com suporte de oxigênio ou ventilação mecânica para garantir a respiração adequada.

Como prevenir a bronquiolite

Como a bronquiolite é causada por vírus transmitidos por gotículas expelidas no ar ao tossir ou espirrar e pelo contato com objetos contaminados, a prevenção baseia-se em medidas simples de higiene e cuidado.

É fundamental lavar as mãos com frequência, utilizar álcool em gel 70%, evitar aglomerações, não permitir que o bebê fique próximo a pessoas com sintomas respiratórios e higienizar brinquedos e objetos que a criança utiliza. Além disso, a amamentação exclusiva fortalece o sistema imunológico do bebê, contribuindo para a prevenção da bronquiolite.

Manter as vacinas em dia também é uma estratégia importante para proteger o bebê contra outras doenças que podem agravar o quadro respiratório. Caso o bebê apresente sinais de resfriado ou dificuldade para respirar, é essencial procurar o pediatra para acompanhamento e orientação, avaliando a necessidade de atendimento emergencial.

Proteção especial para bebês de risco

Para bebês considerados de alto risco, como prematuros ou com problemas cardíacos e pulmonares, existe a possibilidade de receber doses de anticorpos monoclonais que protegem contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Essa medida é indicada para reduzir a gravidade da doença durante a temporada de maior circulação viral.

Além disso, gestantes podem ser vacinadas para proteger o bebê nos primeiros meses de vida, uma estratégia que tem sido adotada no Brasil para diminuir a incidência e a gravidade da bronquiolite em recém-nascidos.

Considerações finais

A bronquiolite é uma doença respiratória que merece atenção especial, principalmente para mães e gestantes que desejam garantir a saúde dos seus bebês.

Compreender os sintomas, os grupos de risco e as formas de prevenção é fundamental para reduzir a incidência e evitar complicações graves. Medidas simples de higiene, amamentação, vacinação e acompanhamento médico são as melhores ferramentas para proteger as crianças dessa condição.

Em um país como o Brasil, onde a bronquiolite é uma das principais causas de internação infantil, a conscientização e o cuidado são essenciais para garantir o bem-estar dos pequenos.