As mães mais buscadas da TV

Recentemente comemoramos o Dia das Mães, uma data especial que celebra o papel essencial das mães em nossas vidas. Mas, além das mães da vida real, há também aquelas que marcaram gerações nas telas da TV.

As chamadas “mães de TV” sempre exerceram um papel significativo na cultura popular, influenciando comportamentos, inspirando debates e até moldando nossos hábitos online.

Com base nesse impacto cultural, o PrivacyJournal, empresa especializada em privacidade digital, divulgou um estudo curioso e revelador. A pesquisa analisou as mães fictícias mais buscadas em todos os 50 estados dos Estados Unidos ao longo do último ano.

Utilizando dados do Google Trends, a empresa identificou padrões de busca e mapeou quais personagens maternas mais cativaram o público americano — mostrando que, mesmo na ficção, a figura da mãe tem grande peso emocional e simbólico.

O poder das mães fictícias na cultura pop

A pesquisa mostrou que duas personagens dominaram os resultados em diversas regiões do país. Com destaque absoluto, Morticia Addams e Daenerys Targaryen empataram como as mães de TV mais pesquisadas, cada uma liderando as buscas em 12 estados diferentes.

Morticia Addams, da clássica Família Addams, representa uma matriarca elegante, enigmática e devotada à sua família de forma inusitada. Já Daenerys Targaryen, da aclamada série Game of Thrones, é a “mãe dos dragões” — símbolo de força, liderança e coragem, ainda que envolta em dilemas morais e finais controversos.

Segundo Ivana Zec, gerente de comunicação do PrivacyJournal, "nossas descobertas mostram um empate surpreendente para as mães fictícias mais procuradas." O resultado chama atenção não apenas pelos nomes envolvidos, mas pelo tipo de figura materna que o público escolheu como referência: personagens poderosas, fora do padrão tradicional, com grande apelo emocional e estético.

O fascínio por figuras maternas não convencionais

Em entrevista, Mauricio Preuss, CEO do PrivacyJournal, reforça a importância simbólica dessas escolhas: “Nossa pesquisa sugere que os americanos se aproximam de figuras maternas não convencionais que equilibram força e independência com muito amor.”

Essa análise reflete um movimento cultural mais amplo, que vem ressignificando o papel da mulher e da mãe na mídia. As antigas representações da "mãe perfeita e submissa" vão dando lugar a personagens mais complexas, reais, com falhas e virtudes — mulheres que lideram, protegem e também enfrentam suas próprias batalhas internas.

Essas mães da ficção, mesmo que diferentes das experiências do dia a dia, oferecem uma espécie de espelho emocional e também uma fuga criativa para o público. Elas inspiram conversas sobre maternidade moderna, empoderamento feminino e liberdade de escolha — temas que dialogam diretamente com as mulheres da atualidade, incluindo as gestantes e mães que acompanham tendências culturais com atenção.

Por que essas personagens continuam sendo tão relevantes?

Além do impacto narrativo, personagens como Morticia e Daenerys têm uma estética marcante e personalidades carismáticas. Suas histórias carregam dilemas familiares, lealdade incondicional e atitudes firmes diante da adversidade — aspectos que fazem com que muitas pessoas se identifiquem ou admirem essas mães.

O estudo também evidencia que popularidade nem sempre está diretamente ligada ao volume absoluto de buscas. Muitas vezes, o que impulsiona a curiosidade do público são os debates sociais, os momentos virais nas redes ou o impacto emocional gerado por uma determinada cena ou temporada. Assim, essas mães continuam sendo buscadas mesmo após o fim de suas séries, mostrando que a identificação do público vai muito além do entretenimento.

E se a pesquisa fosse feita no Brasil?

É impossível não imaginar como seria esse levantamento se fosse feito em território nacional. Quais seriam as mães fictícias mais buscadas pelos brasileiros?

Provavelmente, veríamos nomes como:

• Dona Hermínia (de Minha Mãe é uma Peça): amada por seu humor ácido e sua representação sincera da maternidade real;
• Helena (das novelas de Manoel Carlos): a típica mãe resiliente das novelas das oito, que enfrenta dramas familiares intensos;
• Carminha (de Avenida Brasil): ainda que vilã, é lembrada por sua complexidade como mãe;
• Nazaré Tedesco (de Senhora do Destino): uma personagem icônica que, apesar de suas ações, movimentou o imaginário popular;
• Lucinda (a “mãe do lixão”, de Avenida Brasil): representação simbólica da maternidade afetiva e acolhedora.

Essas personagens também exercem uma influência cultural enorme no Brasil, ajudando a compor o imaginário coletivo sobre o que é ser mãe — com todas as suas camadas, dificuldades e momentos de afeto.

Considerações finais

As mães fictícias têm um papel crucial na forma como enxergamos a maternidade na sociedade moderna. Elas moldam conversas, inspiram comportamentos e refletem transformações sociais. Ao observar quem são as personagens mais buscadas na internet, conseguimos entender não apenas preferências culturais, mas também as emoções, valores e ideais que permeiam o nosso tempo.

Mais do que simples entretenimento, essas personagens ajudam a ampliar o debate sobre maternidade, identidade e representatividade. E para mães, futuras mães e gestantes, essa é uma excelente oportunidade para se conectar com a cultura pop de uma forma nova — enxergando nas telas não apenas drama ou comédia, mas também reflexões profundas sobre o que significa amar, cuidar e criar filhos em um mundo em constante mudança.