Estudo revela como idade da mãe e irmãos influenciam sexo do bebê

Publicado por Luana Oliveira em 23/07/2025. • Tempo de leitura: ~6 minutos.

Pesquisa da Harvard revelou que sexo do bebê pode ser influenciado pela idade da mãe e pelo sexo dos irmãos, mostrando que as chances não são exatamente 50/50. Entenda os fatores biológicos e o que isso significa para as famílias.

Um estudo recente da Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan analisou dados de mais de 146 mil gestações e trouxe descobertas importantes sobre os fatores que influenciam o sexo do bebê. Diferente da crença popular de que as chances são sempre 50% para menino ou menina, a pesquisa indica que elementos como a idade da mãe e o sexo dos irmãos mais velhos podem alterar essa probabilidade.

O foco da pesquisa foi o sexo biológico atribuído no nascimento, considerando que a identidade de gênero pode se desenvolver de forma independente e não está relacionada a esses dados iniciais. Para famílias que têm uma sequência de filhos do mesmo sexo, essa pesquisa oferece uma explicação científica, proporcionando mais tranquilidade para quem espera um filho com sexo diferente.

O que o estudo encontrou

Publicado na revista Science Advances, o estudo utilizou dados do Nurses' Health Study, um levantamento de longo prazo com informações detalhadas sobre gestações. Os pesquisadores observaram que, ao contrário do que se imagina, a chance de ter menino ou menina não é sempre igual em todas as famílias.

  • Famílias com três ou mais meninos têm uma maior probabilidade de ter outro menino;
  • Da mesma forma, famílias com três ou mais meninas apresentam maior chance de ter outra menina;
  • Após três meninas, a chance da quarta também ser menina é de aproximadamente 58%;
  • Após três meninos, a chance da quarta ser menino chega a cerca de 61%.

Além disso, a idade da mãe influencia levemente nessa dinâmica. Mulheres que começam a ter filhos após os 28 anos tendem a continuar tendo filhos do mesmo sexo, possivelmente devido a alterações hormonais ou no pH vaginal. A genética também pode desempenhar um papel, já que dois marcadores genéticos foram identificados como possivelmente ligados a esses padrões, embora seja necessário mais estudo para confirmação.

Por que algumas famílias têm mais meninos ou meninas

Em termos populacionais, o equilíbrio entre meninos e meninas é quase igual, com um leve predomínio de meninos. No entanto, ao analisar famílias individualmente, percebe-se uma tendência diferente. Os pesquisadores comparam essa situação a uma "moeda viciada": algumas famílias têm uma propensão biológica maior para ter meninos, outras para meninas. Essa inclinação biológica supera a ideia de sorte ou acaso.

Jorge Chavarro, líder da pesquisa, destaca que se uma família já teve três meninas, a probabilidade de um próximo filho ser menina é maior do que 50%, e o mesmo vale para famílias com três meninos.

Fatores que não influenciam no sexo do bebê

O estudo também esclareceu quais elementos não têm relação significativa com o sexo dos filhos. Entre eles estão raça, etnia, tipo sanguíneo, índice de massa corporal (IMC), altura e cor natural do cabelo da mãe.

Além disso, hábitos de vida, alimentação e métodos de concepção não foram incluídos na análise e ainda não possuem comprovação científica que os ligue diretamente ao sexo do bebê. Como os dados analisados são exclusivamente maternos, a influência paterna permanece desconhecida.

O que isso significa para as famílias

Para famílias que têm três ou mais filhos do mesmo sexo, essa descoberta pode ser um alívio. Muitas vezes, essas famílias enfrentam questionamentos constantes de amigos e parentes, o que pode ser cansativo. Saber que existe uma base biológica para essa tendência ajuda a mudar a percepção de que é uma escolha pessoal, superstição ou mera sorte.

Nas redes sociais, muitas famílias compartilham suas experiências, mostrando que a personalidade e a individualidade de cada criança vão muito além do sexo atribuído ao nascimento, reforçando que cada filho é único e especial.

Desejando diversidade no sexo dos filhos

Muitas famílias desejam ter filhos de sexos diferentes e, embora o estudo não ofereça estratégias para alterar a probabilidade, ele destaca que o padrão familiar pode se manter. No entanto, não há garantia de que a sequência continuará igual, pois cada gestação é única.

Independentemente das expectativas ou sentimentos, como alegria, desejo ou frustração, o mais importante é o amor incondicional pelo filho, que transcende o sexo biológico.

Considerações finais

A ciência continua avançando na compreensão de como as famílias se formam e quais fatores influenciam o sexo dos filhos. Este estudo traz conforto para quem percebe um padrão no sexo dos filhos e busca entender as razões por trás disso.

Não importa se a família é formada apenas por meninas, apenas por meninos ou por uma mistura dos dois, não existe uma combinação ideal ou correta. Cada criança traz seu próprio equilíbrio e valor para a família, que é completa do seu jeito.

Gostou deste artigo?

Compartilhe com outros pais que possam se beneficiar desta informação! E não deixe de explorar nossos outros artigos sobre Maternidade.