Chupeta e chupar dedo: até quando é normal e como ajudar seu filho a parar

Publicado por Bianca Andrade em 29/05/2025. • Tempo de leitura: ~4 minutos.

Se você é mãe de um bebê ou criança pequena, certamente já se perguntou sobre o uso da chupeta ou o hábito de chupar o dedo. 

Se você é mãe de um bebê ou criança pequena, certamente já se perguntou sobre o uso da chupeta ou o hábito de chupar o dedo. Esses comportamentos são comuns, mas também geram dúvidas: será que fazem mal? Até que idade são aceitáveis? Como ajudar a criança a abandonar esses hábitos?

Uma pesquisa recente do Hospital Infantil C.S. Mott revelou que 51% das crianças usam chupeta e cerca de 25% chupam o dedo ou polegar. Os dados mostram que você não está sozinha nessa jornada. Vamos entender melhor esse tema tão relevante para as famílias brasileiras.

O que dizem as pesquisas sobre chupeta e chupar dedo

O estudo americano entrevistou pais de crianças entre 1 e 6 anos e descobriu informações importantes:

  • 4 em cada 5 pais acreditam que as crianças devem parar de usar chupetas até os dois anos
  • 1 em cada 11 pais sentiu que agiu tarde para desmamar da chupeta
  • 1 em cada 6 pais acha que demorou para ajudar a criança a parar de chupar o dedo

No Brasil, a realidade não é muito diferente. Muitas mães relatam dificuldades em fazer essa transição, especialmente quando a chupeta ou o dedo se tornam importantes fontes de conforto para os pequenos.

Quando o hábito é considerado normal

A sucção é um reflexo natural dos bebês. A Sociedade Brasileira de Pediatria reconhece que:

  • Chupetas podem ser úteis nos primeiros meses para acalmar o bebê
  • O ato de sugar ajuda no desenvolvimento oral inicial
  • Pode reduzir o risco de morte súbita em recém-nascidos durante o sono

Muitos pediatras brasileiros, como a Dra. Ana Maria Escobar, explicam que até os 6 meses o uso moderado da chupeta não costuma trazer problemas. O importante é observar a frequência e a necessidade real da criança.

Os riscos do uso prolongado

Quando o hábito persiste além do recomendado, podem surgir complicações:

  • Problemas na formação da arcada dentária
  • Mordida cruzada ou aberta
  • Dificuldades na fala
  • Aumento de infecções de ouvido
  • Questões sociais quando a criança já está maior

No Brasil, muitos ortodontistas alertam que o uso prolongado pode levar a tratamentos ortodônticos mais complexos no futuro. A Associação Brasileira de Odontopediatria recomenda que o desmame comece antes dos dois anos.

Quando e como iniciar o desmame

Não existe uma idade perfeita, mas especialistas sugerem algumas diretrizes:

  • Idealmente entre 1 e 2 anos para chupetas
  • Até os 4 anos para chupar dedo
  • Antes da erupção dos dentes permanentes

Para famílias brasileiras, é importante considerar o momento certo - evitar períodos de grandes mudanças como início na escola, chegada de um irmão ou mudança de casa.

Estratégias que funcionam no desmame

Pediatras brasileiros recomendam abordagens gentis e progressivas:

  • Comece limitando o uso apenas para dormir
  • Ofereça alternativas de conforto, como naninhas ou brinquedos especiais
  • Distraia a criança com atividades que ocupem as mãos
  • Use recompensas e elogios quando a criança conseguir ficar sem
  • Para crianças maiores, explique de forma simples os motivos para parar

Muitas mães brasileiras relatam sucesso com métodos criativos, como presentear a chupeta para o "coelhinho da Páscoa" ou para o "bebê do papai Noel". O importante é manter a consistência e a paciência.

Considerações finais: equilíbrio e compreensão

O uso de chupeta e o hábito de chupar dedo são fases normais do desenvolvimento infantil. Embora o desmame seja importante para evitar problemas futuros, não há motivo para culpa ou ansiedade excessiva.

Cada criança tem seu ritmo e os pais devem encontrar o momento e método que funcionem melhor para sua família. No Brasil, muitos pediatras reforçam que o carinho e a compreensão são tão importantes quanto a técnica usada.

Se você está enfrentando dificuldades, lembre-se que é uma fase passageira. Converse com seu pediatra ou odontopediatra para orientações personalizadas. O mais importante é oferecer segurança e alternativas saudáveis de conforto para seu filho.

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